|
|
|
+++
|
|
|
|
title = "Nos Bastidores da Coca-Cola - Neville Isdell"
|
|
|
|
date = 2017-01-14
|
|
|
|
|
|
|
|
[taxonomies]
|
|
|
|
tags = ["books", "neville isdell", "história", "coca-cola", "ceo", "2 stars"]
|
|
|
|
+++
|
|
|
|
|
|
|
|
[Resumo GoodReads](https://www.goodreads.com/book/show/26831728-nos-bastidores-da-coca-cola):
|
|
|
|
A Coca-Cola é a marca mais reconhecida e próspera do mundo, cruzando
|
|
|
|
fronteiras geográficas, linguísticas e culturais. A história da criação, do
|
|
|
|
marketing e da recriação da marca é contada pela primeira vez por um executivo
|
|
|
|
da própria companhia. Um homem cuja carreira de mais de quarenta anos o levou
|
|
|
|
a viajar o mundo inteiro e a escalar da base até o topo da pirâmide.
|
|
|
|
|
|
|
|
<!-- more -->
|
|
|
|
|
|
|
|
{{ stars(stars=2) }}
|
|
|
|
|
|
|
|
O grande problema com biografias -- ou apresentações de história na primeira
|
|
|
|
pessoa -- é que é esperado que a pessoa conte sobre o que o autor sentiu; caso
|
|
|
|
contrário, tudo se torna tão impessoal que o mesmo parece uma ficção.
|
|
|
|
|
|
|
|
Em _Always Looking Up: The Adventures of an Incurable Optimist_, Neil Peart
|
|
|
|
soa impessoal e começa a cair nessa categoria de "parece ficção", mas junto
|
|
|
|
com o livro estão as cartas enviadas a um amigo, o que o trás de volta para o
|
|
|
|
lado humano. Em "Nos Bastidores da Coca-Cola", Neville Isdell nunca fala de
|
|
|
|
como se sente, e deixa uma sensação tão grande de "desumanidade" que até
|
|
|
|
quando fala da esposa, parece que o único mérito da mesma é que ela o apoiou.
|
|
|
|
|
|
|
|
Existem alguns casos interessantes de história mesmo, mas a narrativa se torna
|
|
|
|
cansativa pois a visão do autor é sempre de que o mesmo resolveu o problema e,
|
|
|
|
mais pra frente, houveram mais pessoas envolvidas. Foi sempre *ele* quem
|
|
|
|
resolveu o problema, não o grupo. Sempre no singular.
|
|
|
|
|
|
|
|
E o último capítulo não fala nada de Coca-Cola. Trata-se de sua visão de
|
|
|
|
economia, da qual a Coca-Cola sequer faz parte.
|
|
|
|
|
|
|
|
Com relação à tradução: Embora a tradução tenha se preocupado em fazer um
|
|
|
|
livro bom de ler, peca-se horrendamente quando se fala da Coca-Cola. Algumas
|
|
|
|
vezes é "Coca-Cola", outras é "Coke". Poderia ser que uma refere-se à bebida e
|
|
|
|
a outra à empresa (ou vice-versa), mas não. É como se o tradutor -- ou mesmo o
|
|
|
|
autor, nesse ponto -- não consiga ter uma visão do que é uma e o que é a
|
|
|
|
outra.
|