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title = "O Herói de Mil Faces - Joseph Campbell"
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date = 2016-01-05
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[taxonomies]
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tags = ["books", "joseph campbell", "reviews", "filosofia", "1 star"]
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[Resumo GoodReads](https://www.goodreads.com/book/show/6406621-o-her-i-de-mil-faces):
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Apolo, Thor, Buda e outros numerosos protagonistas das religiões, mitologias,
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contos de fada e do folclore universal representam simultaneamente as várias
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fases de uma mesma história. O relacionamento entre seus símbolos intemporais
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e os detectados nos sonhos pela moderna psicologia profunda é o ponto de
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partida da interpretação oferecida por Joseph Campbell reconhecidamente, um
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dos maiores estudiosos e mais profundos intérpretes da mitologia universal,
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neste clássico obrigatório para compreender esse monomito que é a jornada do
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herói.
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<!-- more -->
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{{ stars(stars=1) }}
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Vou admitir que o livro ganhou de mim. Desisti de continuar lendo depois de
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chegar na metade.
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Não que o conceito de um monomito não fosse interessante o suficiente para ler
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o livro até o final. Campbell ainda faz a questão ser mais interessante
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ligando os pontos e conceitos do monomito com questões sociais e psicológicas
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reais.
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Acontece que Campbell, para provar seu ponto, basea-se em mitos não comuns ao
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ocidente. Se o monomito fosse 100% correto, não importaria a origem do mito,
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haveriam interligações com mitos conhecidos daqui; entretanto, 95% dos mitos
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citados são orientais, não difundidos: mitos japoneses (nada como Musashi),
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muçulmanos, africanos, aborígenes (da Austrália)... O que levanta a questão de
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quão difundido é o mito ou, caso você esteja usando o "chapéu de ceticismo",
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se o mito realmente existe ou se Campbell criou apenas para provar um ponto.
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Mitos como os gregos conhecidos -- Hércules e seus 12 trabalhos, por exemplo
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-- não são falados; Buda aparece, mas em coisas que apenas um budista
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conheceria; Jesus aprece de relance... Tudo isso torna difícil acreditar que
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os pontos são reais.
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Os pontos em si são complexos de serem explicados, justamente por causa da
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base psicológica e sociológica presente. Nesse ponto é onde surge um mito não
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popular que deve ser contado. E assim você está lendo 4 páginas já sobre um
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mito e esqueceu completamente o ponto que o autor queria chegar. Ou então é
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apenas uma continuação de um mito começado dois capítulos atrás, que você já
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esqueceu os pormenores que fazem com que o ponto faça sentido.
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Ainda: O texto original é de 1949, um tempo em que escrever bem significava
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escrever muito. Existem parágrafos gigantescos de uma frase só e páginas
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inteiras que são apenas um parágrafo. A tradução de 1989 não ajuda nem um
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pouco e a combinação dos dois simplesmente te faz perguntar o que diabos o
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autor e o tradutor fumaram durante seus trabalhos.
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O monomito parece ser realmente correto, mas para isso existem filmes de 3
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minutos que conseguem explicar todos os pontos de forma sucinta e com mitos
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comuns hoje. Veja os filmes e esqueça o livro.
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