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title = "Rin Tin Tin: A Vida e a Lenda - Susan Orlean"
date = 2016-07-04
[taxonomies]
tags = ["books", "susan orlean", "biografia", "rin tin tin", "3 stars"]
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[Resumo GoodReads](https://www.goodreads.com/book/show/18396199-rin-tin-tin):
Ele achava que o cão era imortal. Assim começa a vasta, poderosa e comovente
narrativa de Susan Orlean sobre a jornada de Rin Tin Tin – de sobrevivente
órfão a astro do cinema e ícone internacional do showbiz. Suzan, redatora da
New Yorker chamada de “patrimônio nacional” pelo Washington Post, passou cerca
de dez anos pesquisando e escrevendo sua mais cativante obra: a história de um
cão que nasceu em 1918 e nunca morreu. A narrativa começa num campo de batalha
francês da Primeira Guerra Mundial, quando Lee Duncan, um jovem soldado
americano, descobre um sobrevivente: um pastor-alemão recém-nascido nas ruínas
de um canil bombardeado. Para Duncan, que passou parte da infância num
orfanato, a sobrevivência do cão fora um milagre. Havia algo em Rin Tin Tin
que o compelia a compartilhá-lo com o mundo. Duncan o levou, então, para a
Califórnia, onde suas aptidões físicas e a capacidade de representar chamaram
a atenção da Warner Bros. Durante os dez anos seguintes, Rinty estrelou 23
sucessos do cinema mudo que salvaram o estúdio da falência e fizeram dele o
cão mais famoso de todos os tempos. No auge da popularidade, Rin Tin Tin foi o
campeão de bilheteria de Hollywood. Ao longo das décadas seguintes, Rinty e
seus descendentes fizeram a conturbada jornada do cinema mudo ao falado, do
preto e branco à cor, do rádio à televisão, culminando no seriado de TV As
Aventuras de Rin-Tin-Tin, um dos mais populares programas da época do baby
boom. O legado do cão herói foi consolidado por Duncan e alguns outros – como
Bert Leonard, o produtor do seriado da TV, e Daphne Hereford, a proprietária
do atual Rin Tin Tin –, que dedicaram a vida para assegurar a imortalidade da
lenda. Na essência de Rin Tin Tin – a Vida e a Lenda há um tocante estudo do
duradouro vínculo entre os humanos e os animais. Mas o livro é também uma
história ricamente matizada da indústria do entretenimento e do
empreendedorismo no século XX. Abarcando um período de 90 anos, ele aborda a
mudança de status dos cães, de ajudantes em fazendas a membros diletos das
famílias urbanas, da origem do treinamento para a obediência à evolução
genética das raças, da ascensão de Hollywood ao passado e presente dos cães de
guerra. Rico de humor e emoção, repleto de momentos que certamente levarão o
leitor às lágrimas, Rin Tin Tin fez parte da prestigiadíssima lista dos 100
MELHORES LIVROS DO ANO do New York Times, principalmente por ser uma mescla
irresistível de história, humanismo e maestria narrativa – esplêndida
celebração de um grande ícone universal por uma das mais talentosas escritoras
da atualidade.
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Aviso: Eu nunca fui um fã de Rin Tin Tin, até porque nunca acompanhei nenhuma
das séries. Mas como "cachorreiro", me senti obrigado a pegar esse livro, até
porque estava em promoção.
Embora pareça que o livro irá tratar do cachorro, o contexto geral são "coisas
ao redor do primeiro cachorro chamado Rin Tin Tin, que fez alguns filmes mudos
e depois teve uma série de TV" -- até porque a parte da vida termina antes da
metade do livro.
Um dos problemas do livro é que a autora fica, boa parte do tempo,
conjecturando sobre o "produto" (por assim dizer) Rin Tin Tin do que focando
nos personagens. Boa parte do livro parece uma reportagem de jornal estendida
para ficar do tamanho de um livro. Também -- e aqui vou me valer do mesmo
artifício e dar a minha opinião -- o livro carece um monte de imagens: para um
produto visual (afinal de contas, 4 filmes e um seriado são visuais), algumas
fotos dos Rin Tin Tins e seus coadjuvantes ajudaria a trazer o cachorro em
evidência ao invés de ficar no produto metafísico "Rin Tin Tin".
No fim, ao invés de focar no cachorro, como esperado, o livro se foca no
produto e seus coadjuvantes, deixando a impressão de que tudo não passou parte
de um roteiro dentro do roteiro.