+++ title = "Nos Bastidores da Coca-Cola - Neville Isdell" date = 2017-01-14 updated = 2021-02-12 [taxonomies] tags = ["books", "neville isdell", "história", "coca-cola", "ceo", "stars:2", "published:2011"] +++ [Resumo GoodReads](https://www.goodreads.com/book/show/26831728-nos-bastidores-da-coca-cola): A Coca-Cola é a marca mais reconhecida e próspera do mundo, cruzando fronteiras geográficas, linguísticas e culturais. A história da criação, do marketing e da recriação da marca é contada pela primeira vez por um executivo da própria companhia. Um homem cuja carreira de mais de quarenta anos o levou a viajar o mundo inteiro e a escalar da base até o topo da pirâmide. {{ stars(stars=2) }} O grande problema com biografias -- ou apresentações de história na primeira pessoa -- é que é esperado que a pessoa conte sobre o que o autor sentiu; caso contrário, tudo se torna tão impessoal que o mesmo parece uma ficção. Em _Always Looking Up: The Adventures of an Incurable Optimist_, Neil Peart soa impessoal e começa a cair nessa categoria de "parece ficção", mas junto com o livro estão as cartas enviadas a um amigo, o que o trás de volta para o lado humano. Em "Nos Bastidores da Coca-Cola", Neville Isdell nunca fala de como se sente, e deixa uma sensação tão grande de "desumanidade" que até quando fala da esposa, parece que o único mérito da mesma é que ela o apoiou. Existem alguns casos interessantes de história mesmo, mas a narrativa se torna cansativa pois a visão do autor é sempre de que o mesmo resolveu o problema e, mais pra frente, houveram mais pessoas envolvidas. Foi sempre *ele* quem resolveu o problema, não o grupo. Sempre no singular. E o último capítulo não fala nada de Coca-Cola. Trata-se de sua visão de economia, da qual a Coca-Cola sequer faz parte. Com relação à tradução: Embora a tradução tenha se preocupado em fazer um livro bom de ler, peca-se horrendamente quando se fala da Coca-Cola. Algumas vezes é "Coca-Cola", outras é "Coke". Poderia ser que uma refere-se à bebida e a outra à empresa (ou vice-versa), mas não. É como se o tradutor -- ou mesmo o autor, nesse ponto -- não consiga ter uma visão do que é uma e o que é a outra.