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120 lines
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<title>Julio Biason .Me 4.3</title>
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<a href="https:&#x2F;&#x2F;blog.juliobiason.me"><h1>Julio Biason .Me 4.3</h1></a>
<p class="lead">Old school dev living in a 2.0 dev world</p>
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<div class="post">
<h1 class="post-title">Nos Bastidores da Coca-Cola - Neville Isdell</h1>
<span class="post-date">
2017-01-14
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</span>
<p><a href="https://www.goodreads.com/book/show/26831728-nos-bastidores-da-coca-cola">Resumo GoodReads</a>:
A Coca-Cola é a marca mais reconhecida e próspera do mundo, cruzando
fronteiras geográficas, linguísticas e culturais. A história da criação, do
marketing e da recriação da marca é contada pela primeira vez por um executivo
da própria companhia. Um homem cuja carreira de mais de quarenta anos o levou
a viajar o mundo inteiro e a escalar da base até o topo da pirâmide.</p>
<span id="continue-reading"></span><div>
★★☆☆☆
</div>
<p>O grande problema com biografias -- ou apresentações de história na primeira
pessoa -- é que é esperado que a pessoa conte sobre o que o autor sentiu; caso
contrário, tudo se torna tão impessoal que o mesmo parece uma ficção.</p>
<p>Em <em>Always Looking Up: The Adventures of an Incurable Optimist</em>, Neil Peart
soa impessoal e começa a cair nessa categoria de &quot;parece ficção&quot;, mas junto
com o livro estão as cartas enviadas a um amigo, o que o trás de volta para o
lado humano. Em &quot;Nos Bastidores da Coca-Cola&quot;, Neville Isdell nunca fala de
como se sente, e deixa uma sensação tão grande de &quot;desumanidade&quot; que até
quando fala da esposa, parece que o único mérito da mesma é que ela o apoiou.</p>
<p>Existem alguns casos interessantes de história mesmo, mas a narrativa se torna
cansativa pois a visão do autor é sempre de que o mesmo resolveu o problema e,
mais pra frente, houveram mais pessoas envolvidas. Foi sempre <em>ele</em> quem
resolveu o problema, não o grupo. Sempre no singular.</p>
<p>E o último capítulo não fala nada de Coca-Cola. Trata-se de sua visão de
economia, da qual a Coca-Cola sequer faz parte.</p>
<p>Com relação à tradução: Embora a tradução tenha se preocupado em fazer um
livro bom de ler, peca-se horrendamente quando se fala da Coca-Cola. Algumas
vezes é &quot;Coca-Cola&quot;, outras é &quot;Coke&quot;. Poderia ser que uma refere-se à bebida e
a outra à empresa (ou vice-versa), mas não. É como se o tradutor -- ou mesmo o
autor, nesse ponto -- não consiga ter uma visão do que é uma e o que é a
outra.</p>
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