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+++ title = "Um Shell por Dia: Jobs" date = 2021-10-04
[taxonomies] tags = ["book", "por dia", "shell", "jobs"] +++
Algumas vezes estamos rodando um comando que é demorado, mas precisamos ter
acesso novamente ao shell por algum motivo. Para isso, podemos suspender a
execução do processo com as teclas Ctrl
+z
. Um processo suspendo não executa
nada e não consome CPU, mas ainda está presente no sistema -- sendo chamado de
"job" nesse ponto.
Para ver a lista de jobs, basta chamar jobs
. Note que o resultado desse
comando é a lista do nome do processo com um identificador.
Uma vez que eu tenha feito que precisava ser feito e quiser voltar para
aplicação, usa-se o comando fg
(de "foreground"). Entretanto, eu posso querer
que a aplicação continue executando, mas não em primeiro plano; para isso,
existe o comando bg
(de "background"). Chamados diretamente, fg
e bg
irão
trabalhar com o último comando executado mas é possível indicar um processo
específico para estes, usando o identificador apresentado em jobs
.
{% note() %}
Uma forma de fazer uma aplicação iniciar diretamente em background é usar um &
no final da chamada; por exemplo curl url &
irá iniciar o curl
mas deixar o
terminal liberado, pois o comando estará rodando em background.
Seria o mesmo que chamar curl url
, usar Ctrl
+z
para suspender a execução e
depois usar bg
para fazer o processo rodar em background.
{% end %}
Quando um processo está em background, o terminal fica "bloqueado" para logouts
-- pois, afinal de contas, o shell ainda é pai dos processos, mesmo que eles
estejam em background. Para passar a guarda de um processo filho para o init --
e, assim, poder ser encerrado sem problemas -- pode-se usar o comando
disown
. Assim, o processo em background ou suspendo passa a ser filho do init
e o terminal pode ser encerrado sem que o processo anterior seja encerrado junto.