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+++ title = "Argo - Antonio J. Méndez" date = 2017-04-17
[taxonomies] tags = ["books", "antonio j. mendez", "reviews", "history", "biography", "história", "biografia", "3 stars"] +++
Resumo GoodReads: Em 4 de novembro de 1979, os funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Teerã são surpreendidos pela invasão de um grupo de militantes, que faz 53 reféns. Em meio à confusão, seis diplomatas conseguem escapar e encontram refúgio na residência do embaixador do Canadá. Mas Tony Mendez, especialista em disfarces da CIA, sabe perfeitamente que é apenas uma questão de tempo até que sejam encontrados. Para retirá-los do país, ele concebe um plano muito arriscado, digno de cinema. Disfarçando-se de produtor de Hollywood e apoiado por um elenco de agentes secretos, falsificadores e especialistas em efeitos especiais, Mendez viaja para Teerã a pretexto de encontrar a locação perfeita para um falso filme de ficção científica chamado Argo.
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Mais um para a lista do "li um filme". Obviamente, o filme é baseado no livro e não o contrário.
Ao contrário do filme, o livro passa um bom tempo explicando os fatos que levaram à invasão da embaixada americana em Teerã, ao invés de pular diretamente para o resgate -- o que é excelente para entender exatamente porque a embaixada foi invadida. Praticamente a primeira metade do livro inteiro conta os fatos que levaram à invasão, como seis funcionários da embaixada escaparam e por onde passaram até chegar a embaixada canadense.
A segunda metade do livro é que foca na operação de extração (exfiltração) dos funcionários. E não, não foi todo aquela sucessão de eventos que acontece no filme: é bem mais simples do que é mostrado.
Entretanto, existem dois grandes problemas do livro:
O primeiro é que Mendez parece super envolvido na sua função de espião da CIA, no clássico "faço tudo pelo meu país", batendo no peito, mas mostra-se de certa forma indignado quando comenta que outros países fazem o mesmo. O clássico, "não confio em ninguém, mas fico indignado quando não confiam em mim."
O segundo problema é a tradução: utiliza toda a língua formal no livro, com pedaços caindo para o popular: "a gente podia" ao invés de "nós poderíamos", "antes de se tornar um fera na maquiagem" ao invés de "antes de se tornar expert em maquiagem". Embora pareça bobo citar esses exemplos, eles são extremamente contrastantes com o resto da linguagem usada.
No fim, o livro é muito interessante pela explicação histórica dos eventos e para ver o quão disparate da verdade o filme é.